Minha foto
Bombeiro Militar Técnico de Segurança Especialista na Área de Emergência. Contato: WelingtonFernandes_3@hotmail.com (84) 8888-3010

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

AVC ou AVE - Saiba um pouco sobre essa doença cardiovascular!

AVC ou AVE.
O termo AVC é a abreviação para Acidente Vascular Cerebral, hoje é um termo em desuso, tendo em vista que quando nos referimos a esse acidente ele não acontece só no cerébro. Por isso hoje a terminologia correta é o AVE - Acidente Vascular Encefálico.
O encéfalo é formado por vários órgão que compõe a caixa craniana: Cerébro, cerebelo, bulbo raquidiano, tronco cerebral, telencéfalo, mesencéfalo, diencéfalo, ponte, terceiro e quarto ventrículos, aqueduto cerebral.

Estes órgão podem sofrer com desabastecimento de sangue causado por um esquemia (entupimento), ou ruptura das artérias que irrigam esse conjunto de órgãos.
Então o conceito de AVE - Acidente Vascular Encefálico é:
"É uma disfunção neurológica resultante da interrupção do abastecimento de sangue a nível encefálico."

Comumente decorre de quatro fatores:
1- Trombose: Coágulo de sangue que se forma no interior dos vasos;
2- Embolia Cerebral: Oclusão causada por um corpo estranho (êmbolo)que se desloca na corrente sanguíneae se estaciona no vaso cujocalibre é menor do que ele;
3- Estenose Arterial: Estreitamento da artéria que irrigao encéfalo, interrompendo a circulação;
4- Hemorragia: É causada por rompimento de uma artéria, deixando uma área do encéfalo sem nutrição. O sangue que sai do vaso aumenta a pressão intracraniana pressionando o cerébro interferindo em suas funções.

TIPOS de AVE

AVE Isquêmico - provocado por trombose, embolia ou estenose arterial.

AVE Hemorrágico - causado por hemorragia.




Sinais e sintomas:

Os sinais são muito variados dependendo da localização e extensão do dano. De forma geral, incluem:

Dor de cabeça de início subto (talvez o único sintoma);

Síncope;

Alterações do nível de consciência;

Formigamento ou paralisia, usualmente das extremidades;

Dificuldade respiratória;

Queda facial;


Alteração visual;

Convulsão;

Pupilas desiguais (anisocoria);

Perda do controle urinário ou intestinal;

Hipertensão;

Dificuldade na fala (afasia), ou seja, dificuldade para falar, ouvir, compreender, bem como ler e escrever.

Escala PréHospitalar para AVE de Cincinnati

É utilizada para identificar um provável AVE. Muitos sinais de AVE podem ser vagos ou ignorados pelo paciente.

Como socorrista, você poderá identificar um AVE, por meio desta escala, que consiste na avaliação de três sinais físicos importantes.

Queda Facial

Esse sinal fica mais evidente quando o socorrista pede para o paciente sorrir ou mostrar os dentes. Se um dos lados da face estiver caído ou não se mover tão bem quanto o outro, indica um quadro de AVE.




Debilidade nos Braços

Isso se torna evidente, se o paciente estender os braços para frente por um período de 10 segundos, com os olhos fechados. Se um braço pender para baixo ou o paciente não consegue movimentar, pode indicar um AVE.

Fala anormal

Quando o paciente pronuncia frases ininteligíveis; é incapaz de falar ou a fala sai arrastada. Peça para que o paciente diga "o rato roeu a roupa do rei de Roma”.

PROCEDIMENTO PRÁTICO PARA ATENDIMENTO

1- Avalie a cena, olhe para vítima, procure por queda facial.
Enquanto isso peça para alguém chamar o socorro de imediato, de preferencia o SAMU (192), pois o AVE é uma emergência cardiovascular nesse casos a viatura que presta o socorro é a unidade ALFA ou também o Corpo de Bombeiros.
O AVE causa muita dor de cabeça, descubra se essa dor de cabeça teve início súbito e quanto tempo está durando essa dor de cabeça. Uma cefália por um AVE pode durar mais de 30 horas e não regride com uso de analgésicos. Inclusive a administração de analgésico por pessoas que desconhece os sinais e sintomas do AVE, é um fator retardante do socorro.
OBS.: Deve-se ter o cuidado de não confundir essa cefaléia com enchaqueca que acontece com as mulheres próximo ou durante o período menstrual;

2- Aplique a escala Pré Hospitalar de Cincinatti, caso seja identificado o AVE, acione o Socorro;

3- Não retarde o socorro! A AVE é uma patologia cardiovascular clínica, caso seu município não seja coberto por SAMU ou CB, leve a vítima o mais rápido possível para o hospital de urgência e emergência, o FATOR TEMPO É PRIMORDIAL!!!

4- Não se atenha a fator de idade, o AVE era conhecido por doença de idoso, hoje já existes casos relevantes que crianças entre 5 a 8 anos de idades, são vítimas de AVE.

Fique atento!!!

Abraço a todos!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Importância do atendimento ao Epilético

Vamos começar falando do conceito de Epilepsia:
É um fenômeno eletro-fisiológico anormal temporário que ocorre no cérebro (descarga bio-energética) e que resulta numa sincronização anormal da atividade elétrica neuronal.
Estas alterações podem refletir-se no nível da tenacidade corporal (gerando contrações involuntárias da musculatura, como movimentos desordenados, ou outras reações anormais como desvio dos olhos e tremores), alterações do estado mental, ou outros sintomas psíquicos.

Ao contrário que muita gente imagina, a epilepsia tem algumas nuances no socorro bem mais importantes do simplesmente segurar a cabeça:

1 - Uma das características da epilepsia que ela é um tipo de convulsão em que o epilético pode estar consciente;
2 - A epilepsia pode causar a perda do controle intestinal, ou seja, a vítima pode urina e defecar no local;
3 - Em certos casos a rigidez do corpo dar-se pela vontade que o epilético tem de controlar as contrações;
4 - Alguns epiléticos sabem quando vão ter as convulsões e na grande maioria das vezes eles convulsionam, levantam-se e vão embora, por isso não é incomum um epilético recusar ajuda;
5 - A epilepsia é uma doença neurológica, não contagiosa, que pode ser causada por trauma no sistema nervoso, ingestão de produto químico ou perigoso ou ainda por transmissão congênita;
6 - A epilesia é uma doença incurável mas existe tratamento medicamentoso que controla os espamos;
7 - O epilético tem restrições para trabalhos em alturas, esportes radicais e na maioria dos casos restrição para dirigir, também não pode beber e nem execer funções de risco.







MITOS DA EPILEPSIA:

1- A saliva transmite a epilesia!
Algumas convulsões causam o aumento exagerado das atividades das glândulas salivares, isso chama-se de sialorréia.

2- A lingua enrola quando a vítima está convulsionando!
A lingua nunca enrola, é impossível!

3- Uma mulher grávida não pode atender um epilético, pois o bebê pode adquirir!
A epilepsia não é trasmissível!

CONDUTAS EM PRIMEIROS SOCORROS

1- A conduta principal com os epiléticos é a retirada dos curiosos do local, caso não seja possível, deve-se retirar o próprio epilético. A epilepsia causa um senso de inferioridade absurda no epilético e essa inferioridade pode progredir para depressão e morte do epilético;

2- Afaste tudo de perto do epilético, não impeça os movimentos convulsivos;

3- Coloque algo para acolchoar a cabeça a vítima, faça o controle cervical;

4- Caso a vítima comece a salivar em abundância, lateralize a vítima e deixa a saliva escorrer;

5- Coloque no canto da boca, algo macio (pano ou pedaço de borracha), para evitar que a vítima morda a própria lingua;

6- Ao término das contrações dê apoio psicológico e encaminhe a vítima para o hospital.

7- Mas não se esqueça de enquanto estiver dando o auxílio a vítima, chame de IMEDIATO o suporte do SAMU (192) ou Corpo de Bombeiros (193).

terça-feira, 6 de setembro de 2011

NR - 36 Trabalho em Altura

TRABALHO EM ALTURA

36.1 Objetivo e Campo de Aplicação

36.1 Objetivo e Definição

36.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos e as medidas de proteção
para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a
garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente com esta
atividade.

36.1.2 Considera-se trabalho em altura toda atividade executada em níveis diferentes e na qual haja
risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador.

36.1.2.1 Adicionalmente, esta norma é aplicável a qualquer trabalho realizado acima de dois metros
de altura do piso, em que haja risco de queda do trabalhador.

36.2 Responsabilidades

36.2.1 Cabe ao empregador e contratante:

a) garantir a efetiva implementação das medidas de proteção estabelecidas nesta Norma;

b) adotar as providências necessárias para acompanhar o cumprimento das medidas de proteção
estabelecidas nesta Norma pelas empresas contratadas;

c) garantir que qualquer trabalho só se inicie depois de adotadas as medidas de proteção definidas
nesta Norma;

d) assegurar a interrupção imediata de todo e qualquer trabalho em caso de mudança nas condições
ambientais que o torne potencialmente perigoso à integridade física e psíquica dos
trabalhadores;

e) assegurar a realização da Análise de Risco - AR e a emissão da Permissão de Trabalho - PT;

f) realizar, antes do início das atividades operacionais, Diálogo Diário de Segurança - DDS,
contemplando as atividades que serão desenvolvidas, o processo de trabalho, os riscos e as
medidas de proteção, consignando o tema tratado em um documento, rubricado pelos
participantes e arquivado, juntamente com a lista de presença;

g) garantir aos trabalhadores informações atualizadas sobre os riscos e as medidas de controle.

36.2.2 Cabe aos trabalhadores:

a) colaborar com o empregador e contratante na implementação das disposições contidas nesta
Norma;

b) interromper imediatamente o trabalho, informando ao superior hierárquico, em caso de qualquer
mudança nas condições ambientais que o torne potencialmente perigoso à integridade física e
psíquica dos trabalhadores.

36.3 Capacitação e Treinamento
36.3.1 É considerado trabalhador qualificado aquele que comprovar conclusão de curso específico
para sua atividade em instituição reconhecida pelo sistema oficial de ensino.

36.3.2 É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e
com registro no competente conselho de classe.

36.3.3 Considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele que foi submetido a
treinamento, teórico e prático, com carga horária mínima de oito horas, cujo conteúdo programático
deve incluir, além dos riscos presentes na atividade:

a) os equipamentos de proteção coletiva e individual para trabalho em altura: seleção, inspeção e
limitação de uso;

b) as condutas em situações de emergência, tais como suspensão inerte, princípios de incêndio,
salvamento e rota de fuga, dentre outras.

36.3.4 O empregador deve desenvolver e implantar programa de capacitação, compreendendo
treinamento admissional, periódico e sempre que ocorrer qualquer das seguintes situações:

a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;

b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;

c) acidente grave ou fatal.

36.3.5 O treinamento periódico deve ter carga horária mínima de quatro horas e ser realizado
anualmente ou quando do retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias.

36.3.6 A capacitação deve ser realizada durante o horário normal de trabalho.

36.3.6.1 Ao término da capacitação, deve ser emitido certificado contendo o nome do trabalhador,
conteúdo programático, carga horária, data e local de realização do treinamento e assinatura do
responsável.

36.3.6.2 O certificado deve ser entregue ao trabalhador e uma cópia deve ser arquivada na empresa.

36.3.6.3 A capacitação será consignada no registro do empregado.

36.4 Planejamento e Organização

36.4.1 Todo trabalho em altura será planejado, organizado e executado por trabalhador capacitado e
autorizado.

36.4.1.1 Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura aquele capacitado e cujo
estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto para executar essa atividade.

36.4.1.2 Quanto à avaliação do estado de saúde dos trabalhadores capacitados e autorizados para
trabalho em altura, cabe a empresa:

a) garantir que a avaliação seja efetuada periodicamente, considerando os riscos envolvidos em
cada situação;
b) assegurar que os exames e a sistemática de avaliação sejam partes integrantes do seu Programa
de Controle Médico da Saúde Ocupacional - PCMSO, devendo estar nele consignados.

36.4.1.3 A empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo
conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador.

36.4.2 No planejamento do trabalho, devem ser adotadas as seguintes medidas:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do
trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem a distância e as consequências da queda, quando o risco de queda não
puder ser eliminado.

36.4.3 Todo trabalho em altura deve ser precedido de Análise de Risco, que deve considerar:

a) as condições metereológicas adversas;

b) o local em que os serviços serão executados;

c) a autorização dos envolvidos;

d) a seleção, forma de utilização e limitação de uso dos equipamentos de proteção coletiva e
individual, atendendo aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;

e) o risco de queda de materiais;

f) as situações de emergência, especialmente as rotas de fuga ou meios de abandono devidamente
sinalizados.

36.4.4 As recomendações oriundas da análise de risco devem ser consignadas em Permissão de
Trabalho, contemplando:

a) a inspeção das proteções coletivas e dos equipamentos de proteção individual;

b) as medidas para prevenção de queda de ferramentas e materiais;

c) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;

d) a proibição do trabalho de forma isolada;

e) a relação de todos os envolvidos e suas autorizações;

f) o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte
do trabalhador;

g) o sistema de comunicação;

h) a disponibilidade dos equipamentos de combate a incêndio no local de trabalho.
36.4.4.1 A permissão de Trabalho deve:

a) a. ser emitida em três vias, a serem, respectivamente
I. afixada no local de trabalho;

II. entregue à chefia imediata;

III. arquivada e estruturada de forma a permitir a rastreabilidade;

b) conter os requisitos mínimos a serem atendidos para a execução dos trabalhos e, quando
aplicável, às disposições estabelecidas na APR;

c) ser assinada pelos integrantes da equipe de trabalho, chefia imediata e profissional de segurança
e saúde no trabalho ou, na inexistência desse, pelo responsável pelo cumprimento desta Norma;

d) ter validade limitada à duração da atividade, não podendo ser superior ao turno de trabalho.

36.4.5 Equipamentos de Proteção Individual

36.4.5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem
ser selecionados considerando-se a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança,
quando da queda.

36.4.5.2 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada e registrada a inspeção de todos os EPI a
serem utilizados, recusando-se os que apresentem falhas ou deformações ou que tenham sofrido
impacto de queda, quando se tratar de cintos de segurança.

36.4.5.3 O cinto de segurança deve ser do tipo paraquedista, dotado de dispositivo trava-queda e
ligado a cabo de segurança independente da estrutura onde se encontra o trabalhador.

36.4.5.3.1 Na impossibilidade técnica de utilização de cabo de segurança, comprovada por Analise
de Risco, aprovada pelo trabalhador qualificado em segurança no trabalho, poderá ser utilizado
meio alternativo de proteção contra queda de altura.

36.4.5.4 Na impossibilidade de se utilizar os EPIs com fator de queda menor que 1 o talabarte
deverá possuir obrigatoriamente amortecedor/atenuador de queda .

36.4.5.4.1 O talabarte ou sistema amortecedor deve estar fixado acima do nível da cintura do
trabalhador, ajustado de modo a restringir a queda de altura e assegurar que, em caso de ocorrência,
o trabalhador não colida com estrutura inferior.

36.4.5.5 Quanto aos pontos de ancoragem, devem ser tomadas as seguintes providências:

a) inspecionar todos os pontos antes da sua utilização;

b) identificar os pontos definitivos e a carga máxima aplicável;

c) realizar o teste de carga em todos os pontos temporários antes da sua utilização.

36.4.5.5.1 O dimensionamento da carga máxima do ponto de ancoragem definitivo deve ser
realizado por profissional legalmente habilitado.
36.4.5.5.2 O procedimento de teste de carga dos pontos temporários deve ser elaborado por
profissional legalmente habilitado, que supervisionará a sua execução.

36.4.5.5.3 Devem ser mantidos no estabelecimento a memória de cálculo do projeto dos pontos de
ancoragem definitivos e os resultados dos testes de carga realizados nos pontos de ancoragem
temporários.

36.4.6 Emergência e Salvamento

36.4.6.1 A empresa deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate adequados
ao trabalho em altura contemplando, no mínimo:

a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Analise de Risco;

b) descrição das medidas de salvamento e de primeiros socorros a serem executadas em caso de
emergência;

c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência,
resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;

d) acionamento da equipe responsável pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros;

e) exercício simulado periódico de salvamento e combate a incêndio, considerando possíveis
cenários de acidentes para trabalhos em altura, realizado, no mínimo, uma vez a cada ano.

36.4.6.2 As pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem possuir aptidão
física e mental compatível com a atividade a desempenhar.

36.4.7 Metodologia de Trabalho

36.4.7.1 Na execução do trabalho em altura devem ser tomadas as seguintes providências:

a) isolamento e e sinalização de toda a área sob o serviço;

b) adoção de medidas para evitar a queda de ferramentas e materiais, inclusive no caso de
paralisação dos trabalhos;

c) desenergização, bloqueio e etiquetagem de toda instalação elétrica aérea nas proximidades do
serviço;

d) instalação de proteção ou barreiras que evitem contato acidental com instalações elétricas
aéreas, conforme procedimento da concessionária local, na inviabilidade técnica de sua
desenergização;

e) interrupção imediata do trabalho em altura em caso de iluminação insuficiente ou condições
metereológicas adversas, como chuva e ventos superiores a 40km/h, dentre outras.

36.4.8 Acesso por Corda

36.4.8.1 Na execução das atividades com acesso por cordas devem ser utilizados procedimentos
técnicos de escalada industrial, conforme estabelecido em norma técnica nacional ou, na sua ausência, em normas internacionais.

36.4.8.2 A empresa e a equipe de trabalhadores devem ser certificadas em conformidade com
norma técnica nacional ou, na sua ausência, com normas internacionais.

36.4.8.3 A equipe de trabalho deve ser capacitada para resgate em altura e composta por no mínimo
três pessoas, sendo um supervisor.

36.4.8.4 Para cada local de trabalho deve haver um plano de auto-resgate e resgate dos
profissionais.

36.4.8.5 Durante a execução da atividade, o trabalhador deve estar conectado a pelo menos dois
pontos de ancoragem.

36.4.8.6 Devem ser utilizados equipamentos e cordas que sejam certificados por normas nacionais
ou, na ausência dessas, por normas internacionais.

36.4.8.7 Os equipamentos utilizados para acesso por corda devem ser armazenados e mantidos
conforme recomendação do fabricante/fornecedor.

36.4.8.8 As informações do fabricante/fornecedor devem ser mantidas de modo a permitir a
rastreabilidade.

36.4.8.9 O trabalho de acesso por corda deve ser interrompido imediatamente em caso de
iluminação insuficiente e condições meteorológicas adversas, como chuva e ventos superiores a
quarenta quilômetros por hora, dentre outras.

36.4.8.10 A equipe de trabalho deve portar rádio comunicador ou equipamento de telefonia similar.


Devem ser incluídos ainda anexos, tais como:

Escadas, rampas e passarelas (NR18)
Plataformas Fixas (NR18)
Plataformas Elevatórias (NR18)
Andaimes (NR18)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Técnicos de Segurança X CREA

De um certo tempo para cá, venho observado, com certa preocupação a farra de exploração na qual o técnico de segurança está a mercê.
Para mim chega ao ponto do ridículo ouvir certas coisas e ter que acreditar que isso é verdade.
A mais nova moda agora é a exigência do CREA aos técnicos de Segurança. Claro que é só um número. O CREA é o Conselho Regional de Engenharia e Agricultura e eu pergunto:
O que o Técnico de Segurança tem a ver com isso? Para que é necessário o o técnico ter um número de um conselho na qual ele não tem representatividade nenhuma.A razão é simples: Para "tirar' o CREA é necessário pagar a uma taxa, submetendo assim o técnico a mais um gasto desnecessário e ILEGAL..
Inclusive o Sindicato dos Técnicos de Segurança do Estado de Santa Catarina entraram com ação no MT para exigir o fim dessa ilegalidade.
O que é necessário é a união imediata dos TST para a criação do Conselho Nacional de Segurança do Trabalho, ai sim teriamos um conselho que responderia aos interesses da classe, e não essa pouca vergonha de exigir o ilegal para quem mais luta pela implementações das normas e leis que preservam a vida.

Ou então comecemoos a nos cadastrar em todos os conselhos. CRM, CRF, CRO, CRQ. Tendo em vista que o TST é um profissional genérico, ou seja, execer a função em qualquer área.

Incluive mando até um recado ao Sindicato do TS do RN, que passivamente está vendo essa ilegalidade crescer aqui também!

Eis abaixo o texto completo do Sindicato do TS de SC.

No dia 17/06/2011, reuniram-se na Superintendência do Trabalho (Florianópolis), com o Sr Carlos
Arthur (Superintendente do Trabalho de SC), através de solicitação feita em parceria com a UGT-
União Geral dos Trabalhadores, os representantes do SINTESC e da FENATEST.
Neste encontro entregaram uma solicitação ao MTE para que sejam tomadas providencias quanto
aos abusos realizados pelo CREA/SC contra a atividade Profissional dos TST.
Esta era a reivindicação da Categoria nos últimos meses, uma vez que o CREA/SC, em atitude
anti-profissional com relação aos TST, vem realizando fiscalizações em empresas do Estado e se apresentando como “órgão fiscalizador”, o que não é correto, esta não é atribuição dos conselhos de classe, e sim dos órgãos oficiais do Governo, como no caso os Auditores fiscais do MTE.

Nesta reunião ficou claro a opinião do Superintendente (Sr Carlos Arthur), que ratificou que os
Auditores fiscais não têm orientação para “cobrar recolhimento de ART, ou ainda de exigir que
Técnicos de Segurança no Trabalho sejam filiados ao CREA”.

Este salientou que fará recomendação ao CREA/SC que pare imediatamente com estas ações, e que os Auditores fiscais serão reorientados em todo o estado de que tais práticas são ilegais e inconstitucionais, passíveis de punição.
Neste encontro o Sr Armando Henrique, Vice Presidente da FENATEST, salientou que em vários
outros Estados o CREA foi acionado judicialmente e perdeu em todas as instâncias, e que não será diferente em SC, caso esta prática ilegal continue.

O Sr João Carlos Figueira, Presidente do SINTESC e os Diretores protocolaram uma solicitação
na qual expõem os motivos e solicitam providências, bem como um dossiê junto ao MTE, no qual demonstra a prática ilegal do CREA/SC.

Agora devemos ficar atentos e denunciar estas práticas anti-profissionais ao Sindicato, caso
estas continuem a acontecer, diz o Vice Presidente do SINTESC Sergio Dal-Bó.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

BOMBEIROS E GOVERNO DO RIO

BOMBEIROS VERSUS GOVERNO, UMA LUTA DE ESTATÍSTICAS!
É evidente e lamentável a crise instalada na segurança pública do Rio de Janeiro, os bombeiros de um lado e o governo de outro.
É claro que como irmão de arma dos Bombeiros do Rio, sou extremamente a favor da luta deles, é inaceitável que um bombeiro ganhe MÍSEROS R$ 950,00 reais, para sustentar sua família. Como se já não bastasse ser militar, e detalhe, o Brasil é o único país do mundo que o Bombeiro é militarizado, ainda tem que se ouvir um Governador chamar seus Bombeiros de Bandidos. Fica entalado na garganta o despreparo e a incapacidade dos governantes de liderem com situações de crise. Não vou aqui ofender no mesmo peso o Governador do Rio, até porque não posso como militar que sou.
Mas quero deixar claro que independente de qualquer causa, sou contra a omissão de socorro, quebra das viaturas. Mas acho LEGÍTIMA A LUTA.
Mas irei ser mais incisivo, mais técnico, mais comparativo. Daí você tira sua conclusão!
As estatísticas revelam que os Bombeiros têm o maior índice de CONFIABILIDADE da sociedade, enquanto a nossa classe política chega ser deplorável seu índice.
Mas ai me fiz uma pergunta: O que eu preciso para ser bombeiro e o que eu preciso para ser político?
Para ser um político, preciso basicamente ser semi analfabeto, sem formação, sem entender de nada, não preciso de segundo grau. Basicamente preciso de uma aliança política fajuta que se desfaz logo após a eleição. Utilizar de métodos apresentação para se colocar as promessas que jamais serão cumpridas. Se for comediante, cantor, dono de TV ou Rádio, ajuda muito, porque posso apontar os erros das outras cidades. E é so isso mesmo. Ai com uma ajuda de custo + salário= R$ 80,000. Posso garantir a dignidade a minha família e dos meus companheiros, se utilizando de nepotismo cruzado.
Mas pra ser um Bombeiro, que eu preciso para ser?
Bem um bombeiro ele primeiro precisa ter 2º grau, passar num concurso público concorrido, ter boa saúde, boa forma física. Ser IDÔNEO, não ter passagem pela polícia, problemas com a justiça.
Ai sim, passar por um rígido treinamento para só depois servir a Sociedade.
Mas para servir, o que o bombeiro precisa saber? Vou descrever 10 áreas.
1- MEDICINA: Um bombeiro tem pouco tempo para diagnosticar doenças, crises, identificar através de sinais e sintomas, patologias, traumas, crises entre outras situações;

2- QUÍMICA: Para saber que certas substâncias reagem com outras, reações essas que podem agravar o sinistro;

3- PSICOLOGIA: Lidar com as pessoas que estão sobre situação de crise;


4- VETERINÁRIA: Um bombeiro tem que saber lidar com: abelha, cobra, jacaré, gato, cachorro entre outros animais;

5- OCEÂNICA: Bombeiro salva vidas tem que conhecer do mar e seus respectivos seres;


6- ENGENHARIA: Um bombeiro deve saber quando uma estrutura está colapsando, quando deve interditar um local;

7- INGLÊS: BLEVE, FLASH POINT. BOIL OVER, AFFT, FIREPOINT, ILCOR, NPFA, AHA, BOOT, SPRINKLER…..
8- FÍSICA: Bombeiro deve conhecer sistemas de alavanca, redução de força, sistema de multiplicação, eletricidade....
9- IMPROVISAÇÃO: O bombeiro brasileiro é mestre em improvisação, consegue realizar o trabalho sem ter o material correto; e claro,

10- ECONOMIA: Um camarada que consegue sustentar honestamente sua família com R$ 950,00 . Merece o Prêmio Nobel de Economia.
Ai Pergunto:
Quem está com a razão?

domingo, 10 de abril de 2011

Esclarecimentos sobre Extintores de Incêndio

A verdade sobre a VALIDADE E GARANTIA dos Extintores de Incêndio.
Bem, uma coisa que muito me incomoda é o despreparo de certos profissionais da área de Emergência que não sabem o que é e, para que é usado um extintor de incêndio.
A polêmica é boa. Chega a ser uníssono! Todo mundo acredita que a validade é mesmo de 1 ano, da mesma forma em que os garotos da caverna do dragão acreditam que voltarão para casa!!

Eis os pontos para o esclarecimento geral:

1- Extintor é: “Um aparelho de proteção contra incêndio que deve ser usado apenas em princípios de incêndios. NR – 23 da Lei 6514/77”

2- No Brasil são permitidos apenas os extintores: AP (Água Pressurizada), CO₂, Espuma Mecânica , PQS (pó Químico Seco) e o PQE (Pó Químico Especial) e o extintor ABC.

3- Diferença entre Garantia do Extintor e Validade do Extintor: Garantia é o tempo que a fábrica dá para o extintor quando sai novo de fábrica e validade é o tempo que a empresa que faz a manutenção do extintor dá após a recarga. Bem, a garantia é obrigatória de 5 anos para qualquer extintor recarregável novo e para todos os extintores descartáveis que é o caso do ABC. Já a validade é compreendida entre 1 a 5 anos, sendo a empresa que faz a manutenção dar a devida validade.

4- Qualquer empresa pode pedir uma validade maior para os seus extintores, mas a palavra final é da empresa que faz a manutenção.

5- Teste Hidroestático: É o teste que se faz com o extintor a cada 5 anos para a verificação da integralidade física. Como funciona: O extintor é submetido a um teste de pressão que está entre 1 ½ a 2 vezes a sua pressão de trabalho, caso seja detectada deformidade superior a 10% o cilindro é descartado.

6- Informações sobre as instalações:
Sua parte superior deve estar à uma altura de 1,60m;
O deve ser criado um isolamento é de 1m² no piso, com faixa vermelha, e também o caminho de acesso do extintor deve estar desobstruído.
O extintor só deve ser tirado da parede em 3 situações: 1- Combate ao princípio de Incêndio, 2- Manutenção do Extintor, e 3- Instrução.

7- As Empresas que fazem a recarga devem deixar extintores substituindo os extintores que estão em manutenção.

8- O extintor possui 3 etiquetas: A etiqueta que dá a data da próxima recarga, A etiqueta do INMETRO, que dá a data que foi feito o serviço e a Eitqueta que dá as especificações técnicas.

9- A NPFA ( National Prevention Fire Association), admite alguns outros extintores:
Extintor Water Mist: Extintor de Água destilada utilizada para incêndio de classe “A” com potencialidade de incêndio de classe “C”. (vide em breve em: Na primeira Cabine. Meu livro);
Extintor de Halon 1113, a mais nova versão dos extintores que atacam o fogo na reação em cadeia;

Extintor PQE, extintor sob encomenda que agem em fogo de materiais pirofóricos e metais que, se aquecidos, liberam gás inflamável; e
Extintor Classe K, esse é o mais conhecido pelos bombeiros, é um extintor que foi criado para combate ao incêndio de Classe K (K de Kitchen, cozinha), ou seja, óleos comestíveis, esses óleos atingem altas temperaturas e são difíceis de combater com os extintores normais.

Pra finalizar, é importante estar sempre atento as mudanças das recomendações. É sabido que as NR’s estão um pouco desatualizadas, mas as NBR’s sempre se atualizam e nos dão novas informações.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

TESTE DE SEGURANÇA PARA O MICROONDAS.

SEU APARELHO DE MICROONDAS ESTÁ SEGURO?

Como muita gente sabe o aparelho de microondas funciona no princípio da agitação das moléculas de água presente nos alimentos. Essa agitação se dá através de ondas eletromagnéticas que se emitem radiação na mesma freqüência das moléculas da água. Com isso as moléculas se “agitam” e esquentam o alimento.
Na proporção que um microondas traz benefícios existem, na mesma proporção, malefícios que devem ser levados em conta quando um aparelho desse se encontra com defeito.
O principal defeito de um aparelho de microondas é o “vazamento” da radiação de dentro do aparelho. Esse vazamento pode ocasionar desde uma catarata nos casos mais simples, como também queimaduras de 2º de grau nos caso mais graves de vazamento.
Mas como detectar que um microondas está com vazamento de radiação?
Existem 3 formas bem simples:

1- Leve numa oficina e gaste uma quantia considerável pela inspeção;

2- Você vai precisar de um copo d’água e 2 maças.
Como proceder?
Pegue o copo com água e coloque dentro do microondas, feche-o, coloque uma das maçãs coloque em cima do microondas, na divisa da porta com a parte superior. A segunda maçã ficará embaixo, na frente da porta do microondas.
Em seguida, programe o microondas para 5 minutos em potência máxima.
Depois dos 5 minutos, pegue as maçãs e corte-as, se forem verificados pontos de cozimento, indica que o microondas se encontra com vazamento de radiação.

3- Esse é o mais simples e mais barato. Todo microondas, obrigatoriamente deve ser isolado de qualquer interferência eletromagnética, por isso, nem o sinal do celular dentre entrar com o microondas fechado.
Nesse teste, você vai precisar de 2 celulares.
Proceda assim:
Coloque um dos celulares dentro do microondas, com o outro faça a ligação para o celular que está dentro do microondas. Nesse caso, se o microondas tiver perfeito, na ligação o celular de dentro estará fora de área. Isso se dá pela blindagem eletromagnética do microondas.
Se houver falha na blindagem o celular de dentro irá tocar.
Obs.: Nunca ligue o microondas com o celular dentro!!!!!
Recomendações:

1- Nunca coloque nada de metal dentro do microondas;
2- Nunca abra o microondas em funcionamento isso pode ocasionar queimaduras e danifica o microondas;
3- Não utilize o microondas para esquentar porções muito pequenas, é melhor usar com porção mínima de 200 gramas de sólidos e 100 ml de líquidos;
4- Caso nos testes seja verificado vazamento, não utilize mais o microondas, leve-o imediatamente para conserto;
5- Nunca coloque o microondas em tomadas com T ou beijamins, compartilhando mesmas tomadas com outros aparelhos. Microondas consome muita eletricidade e caso esteja ligado com outros aparelhos, isso pode ocasionar sobrecarga da rede e isso pode progredir para um curto-circuito seguido de incêndio.
6- Coma as maçãs utilizadas nos testes, pois maçã custa em média R$ 3,90 o kg.




Artigo retirado do meu manual de segurança domiciliar.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um pequeno estudo sobre a Fumaça.

Ao contrário do que muita gente imagina, o fogo não tão fatal em um incêndio quanto ao pânico e a fumaça.

Sob o olhar daqueles que trabalham em emergência, num incêndio existem vários fatores que podem, desde dificultar a ação de extinção do incêndio, como também em certos casos ferir e até ser fatal. O Fenômeno da combustão num incêndio há fatores associados que devem ser levados em conta, tendo em vista a periculosidade característica de cada uma delas.

1- Calor;
2- Chamas;
3- Fumaça;
4- Insuficiência de oxigênio.


Definição de Fumaça
A fumaça pode ser definida como uma mistura complexa de sólidos em suspensão, vapores e gases, desenvolvida quando um material sofre o processo de pirólise (decomposição por efeito do calor) ou combustão.


Os componentes desta mistura, associados ou não, influem diferentemente sobre as pessoas, ocasionando os seguintes efeitos:
1) diminuição da visibilidade devido à atenuação luminosa do local;
2) lacrimejamento e irritações dos olhos;
3) modificação de atividade orgânica pela aceleração da respiração e batidas cardíacas; vômitos e tosse:
4) medo;
5) desorientação;
6) Intoxicação e asfixia.


A redução da visibilidade do local impede e locomoção das pessoas fazendo com que fiquem expostas por tempo maior aos gases e vapores tóxicos. Estes, por sua vez, causam a morte se estiverem presentes em quantidade suficiente e se as pessoas ficarem expostas durante o tempo que acarreta esta ação.

Agora irie apresentar algumas características da fumaça, segundo um estudo de um instituto francês.
Fonte:
Le guide national reférénce Explosion de Fumés - Embrasement Généralisé Éclair

Q.O.I.M.T.

Q>Quente: Porque a combustão libera calor, transmitindo-o a outras áreas que ainda não foram atingidas.
Na convecção, a fumaça será a grande responsável por propagar o incêndio ao atingir pavimentos superiores (por meio de dutos, fossos e escadas) e acumular-se no ambiente.

O> Opaca: Uma vez que seus produtos - principalmente a fuligem permanecem suspensos na massa gasosa, dificultando a visibilidade, o que exige técnicas de entrada segura (como orientação e cabo guia) em ambientes que estejam inundados por fumaça.

I>Inflamável,: Porque a fumaça contém gases que podem se inflamar e até mesmo explodir.

M> Móvel: Porque é um fluido que está sofrendo um empuxo constante, movimentando-se em qualquer espaço possível e podendo, como já dito, atingir diferentes ambientes por meio de fossos, dutos, aberturas ou qualquer outro espaço que possa ocupar.
Essa característica da fumaça também explica porque ocorrem incêndios que atingem pavimentos não consecutivos em um incêndio estrutural.

T>Tóxica: Pois seus produtos são asfixiantes e irritantes, prejudicando a respiração.

Na próxima postagem, estarei expondo técnicas e táticas de como você pode se portar em casos de incêndio que envolvam fumaça.
Esse breve estudo do conceito e características da fumaça, foram tirados do conteúdo programático das aulas que ministros na matéria de NR 23 e CBASI 1.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Esclarecimentos sobre o protocolo RCP

Devo admitir que tive vários acessos no meu blog sobre o esse Protocolo de RCP. O "ACE" tem muitos pontos que devem ser esclarecidos e que, de certa forma, confudem as pessoas que trabalham com Socorro.

1- Não houve mudança no que se diz respeito aos ciclos. Tudo continua na mesma.

O que se deve ter em mente é que a mudança se restringe a 2 pontos:1- Mudança na Atuação, ou seja, em caso se deparar com vítima em PCR, deve-se primeiro começar a RCP.
2- Não se faz mais a insuflação boca a boca. Isso quer dizer que não é PROIBIDO, não é mais RECOMENDADO.


Para ACE o protocolo diz: CAB. Compressão, depois abertura de vias aéreas e em seguida respiração.

Vou aqui tentar esclarecer alguns pontos que causam dúvidas
A taxa de compressão continua 2x30, ou seja usando um ambú ou seja fazendo respiração artificial com uso de máscara de proteção. Uma das grandes dúvidas é onde se encaixa a questão das 100 compressões por minuto. Vale esclarecer que a expressão "No mínimo 100 compressões por minuto" refere-se a velocidade e não em compressão absoluta, ou seja, as 30 compressões serão feitas numa velocidade que ao final de um minuto, tenham sido feitas no mínimo 100 compressões.

No protocolo da AHA em 2005, a recomendação era de se fazer as compressões numa velocidade de no máximo de 100 por minuto.

Vamos dar um resumo de como se atuar nas ACE's:

1- Caso se depare com a vítima em PCR, e esteja sozinho, primeiramente peça por ajuda, solicitando que uma outra pessoa faça uma ligação para uma Central de Emergência, de preferência a do SAMU, pois com a devida entrevista, a Central deve de imediato enviar uma unidade ALFA, com médico.

2- Faça apenas compressões, não perca tempo tentando insuflar a vítima. Continue fazendo as compressões até a chegada da unidade de socorro;

3- Caso faça parte de uma equipe de socorro, o socorrista 01, verifica o pulso caratídeo, pois é esse pulso que se deve verificar em vítimas inconscientes, caso seja verificado PCR, inicia-se as compressões enquanto o socorrista 02 abre vias aéreas manualmente e prepara o ambú para já no segundo ciclo faça as 2 insulflações. A taxa será de 2 insulflações com o ambú e 30 compressões na velocidade

4- Na chegada de uma unidade avançada de socorro, a mesma fará uma abertura de via aérea avançada e a taxa será de 1 insuflação a cada 6 ou 8 segundos ASSÍNCRONAS com as 30 compressões na velocidade de 100 compressões no minuto por minuto. Caso a PCR seja chocável, ou seja, fibrilação ventricular ou uma taquicardia ventricular, deverá ser feito o uso do DEA, onde o mesmo será colocado na vítima e se o DEA reconhecer que a PCR seja chocável, o mesmo irá aplicar um choque a cada 2 minutos e nesse intervalo, o socorrista deverá manter as compressões e o suporte ventilatório.

5- GLOSSÁRIO:

ASSÍCRONAS:Que não está na mesma sincronia, ou seja, nesse caso, enquanto a compressão está rápida as insuflações não estão na mesma sincronia;

VIA AÉREA AVANÇADA: Via Aérea aberta através de método mecânico: intubador endotraqueal, cânula orofaríngea; Método Cirurgico: Traqueostomia e CRICOTIROIDOSTOMIA.


RESUMO DAS TAXAS

ADULTO: 2 INSUFLAÇÕES X 30 COMPRESSÕES, na velocidade de no mínimo 100 por minuto;
Com abertura de vias aéreas avançadas 1 insuflação a cada 6 ou 8 segundos x 30 compressões;

CRIANÇA: Mesma taxa de adulto.

RECÉM NASCIDO: Com 1 socorrista segue a mesma taxa de adulto e com 2 socorristas 2 insuflações x 15 compressões.






1

domingo, 23 de janeiro de 2011

Novo Protocolo para ACE's (Atendimento Cardiovascular de Emergência)

. A importância dessa nova diretriz leva em conta que não haverá perda de tempo com abertura de vias aéreas e insuflações.
O ABCDE do trauma contínua dentro do protocolo, orientando os socorristas nas condutas que envolvem emergências, exceto nos casos de PCR, devendo o socorrista seguir as diretrizes inerentes ao ACE (Atendimento Cardiovascular de Emergência), protocolo estabelecidos pelo ILCOR 2010 (International Liaison Committee on Resuscitation) e AHA( American Heart Association).
Vale salientar que as recomendações desse novo protocolo deverão ser aplicadas apenas em caso de vítima com PCR.


ANÁLISE PRIMARIA PARA VÍTIMA COM PCR

INTRODUÇÃO

As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam uma alteração na sequência de procedimentos de SBV de A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B
(compressões torácicas, via aérea, respiração) em adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascido). Essa alteração fundamental na sequência de RCP.

Razão da Mudança no Protocolo: A vasta maioria das PCRs ocorre em adultos, e as taxas mais altas de sobrevivência à PCR envolvem pacientes de todas as faixas etárias cuja parada/paragem foi presenciada por outras pessoas, com ritmo inicial de fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso.

Nesses pacientes, os elementos iniciais críticos de SBV são compressões torácicas e a desfibrilação precoce. Na sequência A-B-C, as compressões torácicas, muitas vezes, são retardadas enquanto o socorrista abre a via aérea para aplicar respiração boca a boca, recupera um dispositivo de barreira ou reúne e monta o equipamento de ventilação.

Com a alteração da seqüência para C-A-B, as compressões torácicas serão iniciadas mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo (isto é, somente o tempo necessário para aplicar o primeiro ciclo de 30 compressões torácicas, ou, aproximadamente, 18 segundos; quando dois socorristas estiverem presentes para a ressuscitação do bebê ou da criança, o atraso será ainda menor).


As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo:

• Freqüência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes).

• Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm), em adultos, e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebês e crianças (aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em bebês e 2 polegadas [5 cm] em crianças). Observe que a faixa de 1½ a 2 polegadas não é mais usada para adultos, e a profundidade absoluta especificada para crianças e bebês é maior do que nas versões anteriores das Diretrizes da AHA para RCP e ACE.


PRINCIPAIS QUESTÕES NA MUDANÇA DO PROTOCOLO

• Retorno total do tórax após cada compressão;
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas; e
• Evitar excesso de ventilação.

Cadeia de sobrevivência de ACE Adulto da AHA

Os elos na nova Cadeia de Sobrevivência
de ACE Adulto da AHA são:
1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço de emergência/urgência
2. RCP precoce, com ênfase nas compressões torácicas
3. Rápida desfibrilação;
4. Suporte avançado de vida eficaz; e
5. Cuidados pós-PCR integrados


• Foi criado o algoritmo universal simplificado de SBV para adultos.
• Foram feitos refinamentos nas recomendações para o reconhecimento e o acionamento imediatos do serviço de emergência/urgência, com base nos sinais de que a vítima não responde, e para o início da RCP se a vítima não responder, não apresentar respiração ou apresentar respiração anormal (isto é, apenas com gasping).
• O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração" foi removido do algoritmo.
• Tem-se dado ênfase permanente em RCP de alta qualidade (com freqüência e profundidade de compressões torácicas adequadas, permitindo retorno total do tórax após cada compressão, minimizando interrupções nas compressões e evitando ventilação excessiva).
• Houve uma alteração na seqüência recomendada para o socorrista que atua sozinho para que ele inicie as compressões torácicas antes de aplicar ventilações de resgate (C-A-B, em vez de A-B-C). O socorrista atuando sozinho deve iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na aplicação da primeira compressão.
• A freqüência de compressão deve ser, no mínimo, de 100/minuto (em vez de “aproximadamente” 100/minuto).
• A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada da faixa de 1½ a 2 polegadas para, no mínimo, 2 polegadas (5 cm).
Estas alterações foram planejadas para simplificar o treinamento de socorristas leigos e continuar enfatizando a necessidade de aplicar compressões torácicas o quanto antes em vítimas de PCR súbita.
Alteração na Seqüência da RCP: C-A-B, em vez de A-B-C
Iniciar compressões torácicas antes das ventilações.
Motivo: Embora nenhuma evidência em humanos ou animais publicada demonstre que iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, leve a um melhor resultado, as compressões torácicas fornecem fluxo sanguíneo vital ao coração e ao cérebro; ademais, estudos de PCR extra-hospitalar em adultos mostram que a sobrevivência é maior quando as pessoas presentes fazem alguma tentativa de aplicar a RCP,em vez de simplesmente não tentarem fazê-lo. Dados de animais demonstram que atrasos ou interrupções nas compressões torácicas reduzem a sobrevivência; logo, tais atrasos ou interrupções devem ser minimizados ao longo de toda a
ressuscitação. As compressões torácicas podem ser iniciadas quase imediatamente, ao passo que posicionar a cabeça e obter um selo para a respiração boca a boca ou com bolsa-válvula-máscara/insuflador manual sempre demoram certo tempo.
A demora no início das compressões poderá ser reduzida se houver dois socorristas presentes: o primeiro inicia as compressões torácicas e o segundo abre a via aérea e se prepara para aplicar respirações tão logo o primeiro complete a primeira série de 30 compressões torácicas. Quer haja um ou mais socorristas presentes, o início da RCP com compressões torácicas garante que a vítima receba logo essa intervenção crítica e qualquer atraso nas ventilações de resgate deve ser breve.

FIM DO MÉTODO “VOS” (Ver, Ouvir e Sentir)
O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração” foi removido da sequência de RCP. Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir a via aérea da vítima e aplicar duas ventilações.
Com a nova sequência “compressões torácicas primeiro”, a RCP será executada se o adulto não estiver respondendo e nem respirando ou não respirando normalmente.
A sequência da RCP começa com compressões (sequência C-A-B). Logo, a respiração é verificada rapidamente como parte da verificação quanto à PCR; após a primeira série de compressões torácicas, a via aérea é aberta e o socorrista aplica duas ventilações.


FREQUÊNCIA DE COMPRESSÃO TORÁCICA DE NO MÍNIMO 100 POR MINUTO
O número de compressões torácicas aplicadas por minuto durante a RCP é um fator determinante importante do retorno da circulação espontânea (RCE) e da sobrevivência com boa função neurológica. O número real de compressões torácicas aplicadas por minuto é determinado pela frequência das compressões torácicas e o número e a duração das interrupções nas compressões (para, por exemplo, abrir a via aérea, aplicar ventilações de resgate ou permitir análise do DEA/DAE). Na maioria dos estudos, a aplicação de mais compressões está associada a maiores taxas de sobrevivência, ao passo que a aplicação de menos compressões está associada a uma menor sobrevivência. A aplicação de compressões torácicas adequadas exige ênfase não somente na frequência adequada de compressões, mas também em minimizar interrupções a este componente crítico da RCP. Uma frequência de compressão inadequada ou interrupções frequentes (ou ambas) reduzirão o número total de compressões aplicadas por minuto.


PROFUNDIDADE DAS COMPRESSÕES TORÁCICAS

O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo, 2 polegadas (5 cm). As compressões criam fluxo sanguíneo principalmente por aumentarem a pressão intratorácica e comprimirem diretamente o coração. Compressões geram fornecimento de fluxo sanguíneo, oxigênio e energia, críticos para o coração e o cérebro. Pode haver confusão quando se recomenda uma faixa de profundidade; por isso, agora, recomenda-se uma profundidade de compressão específica. Os socorristas, muitas vezes, não comprimem adequadamente o tórax,


RESUMO DOS PROCEDIMENTOS NO ACE PARA VÍTIMA COM PRC
C - A - B do Atendimento Cardiovascular de Emergência

C- CIRCULATION – Circulação:
Após abordagem da vítima e feita a verificação de pulso carotídeo, o socorrista deve de imediato inciar as compressões torácicas externas, enquanto isso deve ser feito de imediato o acionamento do suporte avançado.
A taxa de compressão deve ser no minuto, 100 compressões por minuto.

A - AIR WAY – Vias Aéreas:
Em casos de PCR, primeiro socorrista não perderá mais tempo, com aberturas de vias aéreas e controle cervical.
As vias aéreas e controle cervical só serão feitos por um outro socorrista ou quando local da cena uma unidade de socorro que promoverá uma abertura de vias aéreas avançada.

B – BREATHING – Respiração:
Após a abertura de uma via aérea avançada, 1 ventilação a cada 6 ou 8 segundos (8 a 10 ventilações/min);
Assincronas com as compressões torácicas;
Cerca de 1 segundo por ventilação;
Elevação visível do tórax;