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domingo, 23 de janeiro de 2011

Novo Protocolo para ACE's (Atendimento Cardiovascular de Emergência)

. A importância dessa nova diretriz leva em conta que não haverá perda de tempo com abertura de vias aéreas e insuflações.
O ABCDE do trauma contínua dentro do protocolo, orientando os socorristas nas condutas que envolvem emergências, exceto nos casos de PCR, devendo o socorrista seguir as diretrizes inerentes ao ACE (Atendimento Cardiovascular de Emergência), protocolo estabelecidos pelo ILCOR 2010 (International Liaison Committee on Resuscitation) e AHA( American Heart Association).
Vale salientar que as recomendações desse novo protocolo deverão ser aplicadas apenas em caso de vítima com PCR.


ANÁLISE PRIMARIA PARA VÍTIMA COM PCR

INTRODUÇÃO

As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam uma alteração na sequência de procedimentos de SBV de A-B-C (via aérea, respiração, compressões torácicas) para C-A-B
(compressões torácicas, via aérea, respiração) em adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascido). Essa alteração fundamental na sequência de RCP.

Razão da Mudança no Protocolo: A vasta maioria das PCRs ocorre em adultos, e as taxas mais altas de sobrevivência à PCR envolvem pacientes de todas as faixas etárias cuja parada/paragem foi presenciada por outras pessoas, com ritmo inicial de fibrilação ventricular (FV) ou taquicardia ventricular (TV) sem pulso.

Nesses pacientes, os elementos iniciais críticos de SBV são compressões torácicas e a desfibrilação precoce. Na sequência A-B-C, as compressões torácicas, muitas vezes, são retardadas enquanto o socorrista abre a via aérea para aplicar respiração boca a boca, recupera um dispositivo de barreira ou reúne e monta o equipamento de ventilação.

Com a alteração da seqüência para C-A-B, as compressões torácicas serão iniciadas mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo (isto é, somente o tempo necessário para aplicar o primeiro ciclo de 30 compressões torácicas, ou, aproximadamente, 18 segundos; quando dois socorristas estiverem presentes para a ressuscitação do bebê ou da criança, o atraso será ainda menor).


As Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE enfatizam, mais uma vez, a necessidade de uma RCP de alta qualidade, incluindo:

• Freqüência de compressão mínima de 100/minuto (em vez de "aproximadamente" 100/minuto, como era antes).

• Profundidade de compressão mínima de 2 polegadas (5 cm), em adultos, e de, no mínimo, um terço do diâmetro anteroposterior do tórax, em bebês e crianças (aproximadamente, 1,5 polegada [4 cm] em bebês e 2 polegadas [5 cm] em crianças). Observe que a faixa de 1½ a 2 polegadas não é mais usada para adultos, e a profundidade absoluta especificada para crianças e bebês é maior do que nas versões anteriores das Diretrizes da AHA para RCP e ACE.


PRINCIPAIS QUESTÕES NA MUDANÇA DO PROTOCOLO

• Retorno total do tórax após cada compressão;
• Minimização das interrupções nas compressões torácicas; e
• Evitar excesso de ventilação.

Cadeia de sobrevivência de ACE Adulto da AHA

Os elos na nova Cadeia de Sobrevivência
de ACE Adulto da AHA são:
1. Reconhecimento imediato da PCR e acionamento do serviço de emergência/urgência
2. RCP precoce, com ênfase nas compressões torácicas
3. Rápida desfibrilação;
4. Suporte avançado de vida eficaz; e
5. Cuidados pós-PCR integrados


• Foi criado o algoritmo universal simplificado de SBV para adultos.
• Foram feitos refinamentos nas recomendações para o reconhecimento e o acionamento imediatos do serviço de emergência/urgência, com base nos sinais de que a vítima não responde, e para o início da RCP se a vítima não responder, não apresentar respiração ou apresentar respiração anormal (isto é, apenas com gasping).
• O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração" foi removido do algoritmo.
• Tem-se dado ênfase permanente em RCP de alta qualidade (com freqüência e profundidade de compressões torácicas adequadas, permitindo retorno total do tórax após cada compressão, minimizando interrupções nas compressões e evitando ventilação excessiva).
• Houve uma alteração na seqüência recomendada para o socorrista que atua sozinho para que ele inicie as compressões torácicas antes de aplicar ventilações de resgate (C-A-B, em vez de A-B-C). O socorrista atuando sozinho deve iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, para reduzir a demora na aplicação da primeira compressão.
• A freqüência de compressão deve ser, no mínimo, de 100/minuto (em vez de “aproximadamente” 100/minuto).
• A profundidade de compressão, em adultos, foi alterada da faixa de 1½ a 2 polegadas para, no mínimo, 2 polegadas (5 cm).
Estas alterações foram planejadas para simplificar o treinamento de socorristas leigos e continuar enfatizando a necessidade de aplicar compressões torácicas o quanto antes em vítimas de PCR súbita.
Alteração na Seqüência da RCP: C-A-B, em vez de A-B-C
Iniciar compressões torácicas antes das ventilações.
Motivo: Embora nenhuma evidência em humanos ou animais publicada demonstre que iniciar a RCP com 30 compressões, em vez de 2 ventilações, leve a um melhor resultado, as compressões torácicas fornecem fluxo sanguíneo vital ao coração e ao cérebro; ademais, estudos de PCR extra-hospitalar em adultos mostram que a sobrevivência é maior quando as pessoas presentes fazem alguma tentativa de aplicar a RCP,em vez de simplesmente não tentarem fazê-lo. Dados de animais demonstram que atrasos ou interrupções nas compressões torácicas reduzem a sobrevivência; logo, tais atrasos ou interrupções devem ser minimizados ao longo de toda a
ressuscitação. As compressões torácicas podem ser iniciadas quase imediatamente, ao passo que posicionar a cabeça e obter um selo para a respiração boca a boca ou com bolsa-válvula-máscara/insuflador manual sempre demoram certo tempo.
A demora no início das compressões poderá ser reduzida se houver dois socorristas presentes: o primeiro inicia as compressões torácicas e o segundo abre a via aérea e se prepara para aplicar respirações tão logo o primeiro complete a primeira série de 30 compressões torácicas. Quer haja um ou mais socorristas presentes, o início da RCP com compressões torácicas garante que a vítima receba logo essa intervenção crítica e qualquer atraso nas ventilações de resgate deve ser breve.

FIM DO MÉTODO “VOS” (Ver, Ouvir e Sentir)
O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração” foi removido da sequência de RCP. Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar sozinho deverá abrir a via aérea da vítima e aplicar duas ventilações.
Com a nova sequência “compressões torácicas primeiro”, a RCP será executada se o adulto não estiver respondendo e nem respirando ou não respirando normalmente.
A sequência da RCP começa com compressões (sequência C-A-B). Logo, a respiração é verificada rapidamente como parte da verificação quanto à PCR; após a primeira série de compressões torácicas, a via aérea é aberta e o socorrista aplica duas ventilações.


FREQUÊNCIA DE COMPRESSÃO TORÁCICA DE NO MÍNIMO 100 POR MINUTO
O número de compressões torácicas aplicadas por minuto durante a RCP é um fator determinante importante do retorno da circulação espontânea (RCE) e da sobrevivência com boa função neurológica. O número real de compressões torácicas aplicadas por minuto é determinado pela frequência das compressões torácicas e o número e a duração das interrupções nas compressões (para, por exemplo, abrir a via aérea, aplicar ventilações de resgate ou permitir análise do DEA/DAE). Na maioria dos estudos, a aplicação de mais compressões está associada a maiores taxas de sobrevivência, ao passo que a aplicação de menos compressões está associada a uma menor sobrevivência. A aplicação de compressões torácicas adequadas exige ênfase não somente na frequência adequada de compressões, mas também em minimizar interrupções a este componente crítico da RCP. Uma frequência de compressão inadequada ou interrupções frequentes (ou ambas) reduzirão o número total de compressões aplicadas por minuto.


PROFUNDIDADE DAS COMPRESSÕES TORÁCICAS

O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo, 2 polegadas (5 cm). As compressões criam fluxo sanguíneo principalmente por aumentarem a pressão intratorácica e comprimirem diretamente o coração. Compressões geram fornecimento de fluxo sanguíneo, oxigênio e energia, críticos para o coração e o cérebro. Pode haver confusão quando se recomenda uma faixa de profundidade; por isso, agora, recomenda-se uma profundidade de compressão específica. Os socorristas, muitas vezes, não comprimem adequadamente o tórax,


RESUMO DOS PROCEDIMENTOS NO ACE PARA VÍTIMA COM PRC
C - A - B do Atendimento Cardiovascular de Emergência

C- CIRCULATION – Circulação:
Após abordagem da vítima e feita a verificação de pulso carotídeo, o socorrista deve de imediato inciar as compressões torácicas externas, enquanto isso deve ser feito de imediato o acionamento do suporte avançado.
A taxa de compressão deve ser no minuto, 100 compressões por minuto.

A - AIR WAY – Vias Aéreas:
Em casos de PCR, primeiro socorrista não perderá mais tempo, com aberturas de vias aéreas e controle cervical.
As vias aéreas e controle cervical só serão feitos por um outro socorrista ou quando local da cena uma unidade de socorro que promoverá uma abertura de vias aéreas avançada.

B – BREATHING – Respiração:
Após a abertura de uma via aérea avançada, 1 ventilação a cada 6 ou 8 segundos (8 a 10 ventilações/min);
Assincronas com as compressões torácicas;
Cerca de 1 segundo por ventilação;
Elevação visível do tórax;